12 de novembro de 2009

O Tigre

Ângela Brancante
Recostei e adormeci
Texto na mão
Aos poucos a realidade perdeu seus contornos
Restou a chama da vela
Entre o sono e a vigília
Fogo, fogueira
Fogueira, fogo
Luz que corre
Vem de longe
Vem chegando em  serpentinas.

Das profundezas do sonho
Surge ser estranho
Uma chama de longe vem
Em olhos flamejantes
Dentes brancos
Longos bigodes
Veloz em patas gigantes
Caminhando sonho adentro
Chegando, chegando perto 
Eis que surge
Em labaredas dançantes.

Medo, surpresa, encanto?
Fascínio
O que será isto?
Enfim surge, vem de longe
Um  tigre
De fogo e de luz
Perdido em minha memória
De contos e encantos
Infantis

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