13 de abril de 2011

O arco

Renata Figueiredo
 Aparentemente é uma livraria.  Mas não se limita a isso. Existem também salas de aulas. E nelas acontecem diversos cursos. É diferente de tudo o que eu já havia passado, de todas as outras salas de aula que havia frequentado. Poderia compará-las às dos meus cursos de computação ou até mesmo dos meus cursos de inglês, na minha época escolar, universitária. Por serem pequenas, e as cadeiras arrumadas em círculo. Só que com o privilégio de um público diferente, mais maduro e com uma capacidade incrível de trocas construtivas. Menor, mais familiar, num ambiente mais aconchegante, onde as pessoas vencem sua timidez na marra, não tem para onde fugir. A sensação é a de um homem vindo me estuprar e o cruel ainda ficar com o  bônus maior,  a minha mochila e cadernos que me acompanham por esse meu longo caminho. Cadernos com todos os meus segredos e anotações, com capas escolhidas, que tem a ver com o momento que estou passando, com toda a minha bagagem. Vou..., não tenho como escapar. A lembrança que fica é de uma história colorida. Uma “maldade” que acaba por deixar, um belo arco íris.

Um comentário:

  1. Renata
    li outro dia que é comum, quando os roteiristas vão apresentar sinopses de histórias em busca de produtores para as filmarem,deles ouvirem a pergunta: e qual é o arco do herói? i.é, qual será a trajetória, as mudanças pelas quais passará este personagem? Tudo a ver com o seu texto!

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