Arlette Santos
Semana passada recebi um e-mail discorrendo sobre o nascimento, vida e morte da máquina de escrever. Além dos textos, havia fotos de vários modelos, com os anos de fabricação e país de origem. Lembrei-me da primeira máquina que tive: comprei-a usada, de um vizinho. Era um modelo antigo já naquela época, pesadão, quadradão. Ao adquiri-la, minha intenção era treinar um pouco para um concurso de Escriturário do IAPI, o Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários. Fazia parte a prova de datilografia que, embora não fosse eliminatória, tinha algum peso. A passagem desta primeira máquina por minha vida foi tão transitória que não me recordo de sua marca, nem qual foi o seu destino.
Há porém uma outra máquina de escrever em minha história.
No final da década de cinquenta do século passado, eu, já formada em Serviço Social, e trabalhando em um Posto de Saúde em Madureira, fui convidada por um colega, dono de um ginásio em Nilópolis para dar aula de Matemática. Aceitei. Trabalhava no horário da manhã no serviço público e, duas vezes por semana, pegava o trem da Central do Brasil. E ia para dar minhas aulas.
Em 1960, Hugo reapareceu em minha vida. Então, começa a história de uma máquina de escrever...
A Remington, fabricante de vários equipamentos para escritório, lançou um novo modelo e um programa de financiamento para professores, com preço especial e parcelamento em 24 meses. Resolvi comprá-la e dar de presente ao Hugo. Em 1962, casei-me e esta máquina nos acompanhou durante quase 46 anos. Inclusive tornou-se nossa companheira de quarto. Explico: o apartamento em que morávamos era pequeno para nossa família e nosso quarto relativamente grande. Mandamos fazer um móvel composto de uma mesa, onde ficava a tal máquina, e uma estante que se estendia até o teto. Isso, até nos aposentamos, quando a máquina passou a morar dentro de um armário.
Depois do falecimento de Hugo, nossos filhos escolheram suas lembranças. O que sobrou ofereci a uma instituição filantrópica. Guardei livros e fotos, mas o objeto mais significativo, do qual nem pensei em me desfazer, foi a máquina de escrever, hoje uma velha cinquentona bem conservada!
Penso em encontrar alguém a quem oferecê-la, mas só a darei a quem for cuidá-la com muito carinho. Será que este alguém existe?
Há porém uma outra máquina de escrever em minha história.
No final da década de cinquenta do século passado, eu, já formada em Serviço Social, e trabalhando em um Posto de Saúde em Madureira, fui convidada por um colega, dono de um ginásio em Nilópolis para dar aula de Matemática. Aceitei. Trabalhava no horário da manhã no serviço público e, duas vezes por semana, pegava o trem da Central do Brasil. E ia para dar minhas aulas.
Em 1960, Hugo reapareceu em minha vida. Então, começa a história de uma máquina de escrever...
A Remington, fabricante de vários equipamentos para escritório, lançou um novo modelo e um programa de financiamento para professores, com preço especial e parcelamento em 24 meses. Resolvi comprá-la e dar de presente ao Hugo. Em 1962, casei-me e esta máquina nos acompanhou durante quase 46 anos. Inclusive tornou-se nossa companheira de quarto. Explico: o apartamento em que morávamos era pequeno para nossa família e nosso quarto relativamente grande. Mandamos fazer um móvel composto de uma mesa, onde ficava a tal máquina, e uma estante que se estendia até o teto. Isso, até nos aposentamos, quando a máquina passou a morar dentro de um armário.
Depois do falecimento de Hugo, nossos filhos escolheram suas lembranças. O que sobrou ofereci a uma instituição filantrópica. Guardei livros e fotos, mas o objeto mais significativo, do qual nem pensei em me desfazer, foi a máquina de escrever, hoje uma velha cinquentona bem conservada!
Penso em encontrar alguém a quem oferecê-la, mas só a darei a quem for cuidá-la com muito carinho. Será que este alguém existe?
Hammond, 1885 |
Remmington, 1897 |
Minha máquina |
Gostei no post, parabéns!
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